O mercado de seguros (sem Saúde e DPVAT) manteve bom desempenho e apresentou forte crescimento de 20,3% em abril na comparação com o mesmo mês de 2021. Nos quatro primeiros meses do ano, a expansão foi de 16,5%.
“Os dados de abril demonstram a solidez do crescimento do setor e reforçam as expectativas da CNseg de que 2022 será um ano muito positivo para o ramo de seguros no Brasil”, avalia o presidente da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), Dyogo Oliveira, no edital da publicação Conjuntura CNseg nº 74.
Oliveira destaca que das 32 categorias da classificação utilizada pela CNseg, 24 apresentaram crescimento positivo no acumulado do ano até abril. “Os principais fatores são a retomada da atividade econômica pós-pandemia e uma maior percepção da importância dos seguros que a pandemia trouxe para grande parte da sociedade. Em face das dificuldades enfrentadas nesses últimos anos, constatamos mais uma vez que os seguros são uma importante ferramenta social para garantia das condições de vida e estabilidade financeira das famílias e empresas”, afirma.
A expansão do setor nesses primeiros quatro meses do ano tem sido sustentada, de um lado, pelo bom desempenho de ramos de grande participação no mercado como o de Automóveis (26%) e seguro Rural (35,7%) e, de outro, pelo forte crescimento de seguros de Grandes Riscos (50,8%) e Riscos de Engenharia (91,2%).
A expansão do seguro de Riscos de Engenharia está ligada à normalização das atividades em vários setores da economia após a pandemia da Covid-19. “Popularmente chamado também de seguro de obras, indeniza o segurado em caso de danos materiais causados por acidentes ocorridos durante a realização de obras, tais como construções ou reformas. Ele se aplica a qualquer tipo de obra e cobre inclusive acidentes causados por veículos, roubo e furto de insumos. Este seguro pode ser contratado por pessoas físicas ou jurídicas e seu custo representa muito pouco sobre o valor da obra”, explica Oliveira.
Os pagamentos de indenizações, benefícios, resgates e sorteios mantiveram o ritmo acentuado de crescimento no primeiro quadrimestre, totalizando R$ 75,5 bilhões, alta de 26% em relação ao mesmo período de 2021. Grande parte dessa expansão das indenizações se deve ao aumento de preços de veículos novos e usados assim como das peças automotivas.
Outro destaque neste período são as indenizações do seguro Rural que somaram R$7,2 bilhões, alta de 394,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse valor já supera o total pago em todo o ano de 2021, em razão de condições climáticas adversas.