Morador de Ribeirão Preto (315 km de SP), Guilherme Botelho Júnior, 78 anos, aguarda há quase dez anos pela revisão da sua aposentadoria por invalidez, concedida em 2003. Ele fez o pedido da revisão do seu pagamento em abril de 2012, porém, não obteve resposta.
A solicitação foi feita na agência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) de Osasco (Grande SP), onde o segurado morava na época. Quando ele ia até o local questionar, era informado de que deveria apenas aguardar. “Diante deste descalabro me vejo na obrigação de recorrer aos préstimos do Agora”, afirma.
O professor aposentado diz que que na carta de concessão não consta a memória de cálculo, ou seja, o detalhamento dos cálculos feitos para chegar ao valor da aposentadoria.
Botelho Júnior diz que dois períodos de trabalho não foram considerados. O primeiro é a prestação de serviço social ao estado por seis anos. O outro é de dois anos como militar na FAB (Força Aérea Brasileira).
Ambas são ocupações em que não há o recolhimento ao INSS, mas que podem ser usadas na aposentadoria privada se o trabalhador não tiver contabilizado esses períodos em aposentadoria do regime próprio.
“Tenho todos os comprovantes da época. Não sei quanto eu estaria recebendo se houvesse uma justiça social”, assegura. Atualmente, ele recebe R$ 2.591.
O segurado afirma que nunca considerou recorrer à Justiça para a revisão e o recebimento dos atrasados. “Talvez se eu tivesse recorrido à Justiça Federal, eu já teria uma resposta, positiva ou negativa”, avalia.