Os shoppings centers vão se unir ao movimento que pede a volta do horário de verão. Glauco Humai, presidente da Abrasce, associação que reúne os centros comerciais, diz que a medida é necessária neste momento de agravamento da crise hídrica.
Segundo Humai, a entidade teve dois motivos para aderir ao movimento, que começou há pouco mais de dois meses. “O primeiro, é um aspecto psicológico. A pessoa sai do trabalho na luz do dia e tem um tempo a mais para circular. É intangível, mas percebemos um fluxo maior por volta das 18h30 no horário de verão”, afirma.
O outro motivo, segundo ele, seria a possibilidade de alguma redução no consumo de energia.
Humai afirma que os shoppings consomem do mercado livre de energia e não estão sujeitos à nova bandeira tarifária, porém, o aumento pode impactar negociações futuras.
O apelo feito pelo presidente Jair Bolsonaro à população, na semana passada, para que todos apaguem um ponto de luz em casa na tentativa de economizar energia voltou a estimular os organizadores do movimento que querem a mudança no relógio.
A proposta foi lançada por entidades do turismo, como CNTur e Feturismo, e depois ganhou apoio do setor de restaurantes. O grupo diz que enviou um novo pedido a Bolsonaro nesta semana, mesmo depois de o presidente ter rejeitado a ideia recentemente.
Os empresários argumentam que o horário de verão promoveria alguma economia de energia e permitiria estender o funcionamento de atividades ligadas ao lazer, ajudando os negócios mais afetados pela pandemia.
A extinção do horário de verão foi uma das primeiras ações do governo Bolsonaro, tomada por decreto em abril de 2019.