A concessão de pensão por morte teve um crescimento de quase 70% no acumulado de janeiro a setembro deste ano na comparação com o mesmo período de 2020. No período, a concessão saltou de 273.742 em 2020 para 462.373 em 2021.
Segundo o novo secretário de Previdência do Ministério do Trabalho e Previdência, Leonardo Rolim, não é possível dizer que a elevação está relacionada às mortes causadas pela covid-19, que ultrapassam a marca dos 600 mil.
Na avaliação dele, a pandemia nas despesas previdenciárias tem efeito “praticamente neutro” nas despesas previdenciárias. Isso porque, há impacto na receita e despesa. Ele cita, por exemplo, que há pessoas que não têm dependentes e isso interfere no cálculo de impacto. “Difícil de prever impacto da covid nas contas”, frisou Rolim.
Para o secretário, o aumento das concessões de pensão por morte é natural por estar relacionado ao fato de o país ter atualmente uma população mais envelhecida.
Segundo ele, a reforma da Previdência, promulgada em novembro de 2019, contribuiu para desacelerar o crescimento desses gastos. Ou seja, não afetou na concessão e sim no cálculo do valor do benefício, que segundo o secretário, vem caindo.
A despesa do governo com pensão por morte somou R$ 130,859 bilhões em 2018. No ano seguinte, esse gasto passou para R$ 139,140 bilhões. Em 2020, essa despesa atingiu o patamar de R$ 147,553 bilhões.