O Paraná deixou de arrecadar R$ 1,6 bilhão em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre os meses de março e junho, de acordo com levantamento divulgado pelo Governo do Estado. Segundo a gestão, a queda se deu por causa da pandemia do novo coronavírus.
Conforme boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) deste domingo (21), o Paraná registra 442 mortes e mais de 14 mil casos confirmados da Covid-19.
Segundo o governo, houve redução de 8,8% nas receitas do estado entre janeiro e junho deste ano, na comparação com o ano passado. O índice leva em consideração correção da inflação.
As secretarias da Fazenda e do Planejamento e Projetos Estruturantes informaram que a maior queda no ICMS aconteceu em maio, quando o estado deixou de arrecadar R$ 776,5 milhões.
O montante é quase 30% inferior ao arrecadado pelo Paraná em maio de 2019, segundo o governo. O estado também registrou queda em março, abril e na primeira quinzena de junho.
O Governo do Paraná informou que projeta uma queda nas receitas de mais de R$ 3 bilhões, em 2020.
Segundo a gestão, parte das perdas serão compensadas com Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, de socorro aos estados por causa da pandemia.
Vendas e atividade econômica
Com base nas emissões de nota fiscal, o governo divulgou um balanço da atividade econômica no estado na primeira quinzena de junho.
Conforme o balanço, o comércio varejista do estado está operando com 89,9% do nível indicado antes do início da pandemia.
No setor de indústria de alimentos, o nível de atividade das empresas, seguindo a mesma comparação, está em 87,7%. No comércio atacadista e em outras atividades da indústria os níveis são de 72,3% e 77,4%, respectivamente, segundo o boletim.
Em relação às vendas do comércio, os setores de supermercados e farmácias são os únicos que apresentaram variação positiva entre janeiro e maio de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019.
Veja a seguir o aumento ou queda nas vendas por setor, nos cinco primeiros meses de 2020, em relação ao ano passado.
Supermercados: +10%
Farmácias: +9%
Veículos novos: -19%
Cosméticos e perfumes: -21%
Restaurantes e lanchonetes: -27%
Vestuário e acessórios: -29%
Calçados: -32%