Durante a pandemia, diante da crise econômica causada pelo novo coronavírus, quase meio milhão de brasileiros decidiram trabalhar no setor da moda. Em 90% dos casos, os novos negócios foram enquadrados como microempreendimentos individuais. É o que revela um levantamento do Sebrae com base em dados da Receita Federal.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas constatou que, nos primeiros semestres de 2020 e 2021, houve um aumento de empreendimentos no setor da moda de 16% em relação ao mesmo período de 2018 e 2019. Foram mais de 440 mil negócios formalizados como microempreendimentos nesse setor.
Este foi o caso da advogada Tali Simis, que perdeu o emprego que tinha em um escritório devido a pandemia, resolveu mudar de carreira e abriu uma loja. A maior parte dos novos pequenos negócios é no comércio varejista do vestuário e acessórios, que engloba quase 80% dos microempreendedores que foram para o setor da moda durante a pandemia.
O segmento da moda é também o que mais realiza vendas pela internet, de acordo com a pesquisa do Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. 84% dos microempreendedores do setor da moda usavam o comércio eletrônico para vender produtos. Número superior à média de 70% dos demais negócios.