Uma mulher que buscava reconhecimento de paternidade há 22 anos finalmente conquistou esse direito no último fim de semana, na Comarca de Descanso, em Santa Catarina. O exame de DNA confirmou a identidade de seu genitor. A ação de investigação de paternidade foi protocolada em julho de 2000, quando ela tinha apenas seis anos de idade.
Como o pai biológico fixou residência no Rio Grande do Sul, não foi possível identificar sua localização no decorrer da ação. No ano passado, os advogados Caroline Ferreira de Lins e Ivair Bonamigo, nomeados para as partes, encontraram os envolvidos. Com o resultado do exame de DNA, foi possível confirmar a paternidade.
Na audiência, a jovem lembrou a trajetória sem o pai: precisou sair de casa e trabalhar muito cedo, sem conseguir estudar na época regular. Já o homem, que desconhecia a paternidade, reagiu com felicidade ao saber da existência da filha, desejando manter vínculos de amor e amizade com ela. Ele revelou que também cresceu sem seu genitor.
A audiência teve o objetivo, também, de fazer um acordo sobre o pagamento da pensão alimentícia devida durante todos esses anos. As partes acordaram em encerrar o processo após acertarem tal valor. O caso teve participação da mediadora judicial Harlei Mariane Baumgratz.