Estelionatários têm telefonado para aposentados, pensionistas e outros segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para aplicar golpes e pedir a transferência de dinheiro, segundo alerta do Ministério do Trabalho e Previdência. Há pelo menos três estratégias utilizadas como isca pelos criminosos: falsos atrasados, falsa revisão e falsa auditoria.
Para evitar cair nessas ou em outras tentativas de golpes, as recomendações são não informar dados pessoais por telefone, não enviar códigos solicitados por meio de aplicativos de mensagens e não depositar ou transferir qualquer valor. Em caso de dúvidas, o aposentado deve desligar a chamada e telefonar para a Central 135, que funciona de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.
A Previdência reforça que não pede dados pessoais dos seus segurados por email ou telefone e também não realiza nenhuma forma de cobrança para prestar o atendimento nem realizar seus serviços. Confira como fugir dos golpes em aposentadorias e pensões do INSS.
As táticas dos golpistas
Os criminosos ligam para o beneficiário, se apresentam como membros do CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social), dizendo que ele teria direito a receber valores atrasados de um benefício pago pelo INSS. Eles pedem que o segurado informe dados pessoais e solicitam o depósito de determinada quantia em uma conta bancária, para liberar um pagamento que não existe.
Há também o golpe da falsa revisão. Os criminosos ligam e afirmam que o aposentado teria direito a receber valores de uma falsa revisão de benefícios concedidos em governos anteriores. A Previdência alerta que esse tipo de ligação se trata de um golpe, pois os segurados não precisam realizar nenhum pagamento para ter direito a uma revisão. O pedido de revisão pode ser feito pelo site ou aplicativo Meu INSS. Para erros de cálculo, a solicitação deve ser feita em até dez anos do início do pagamento do benefício.
Segundo a Previdência, há também situações em que os estelionatários enviam documentos a segurados se passando por uma falsa “Auditoria Geral Previdenciária”, convocando-os a uma “Chamada para Resgate”. Segundo o documento, os segurados teriam direito a resgaste de valores devidos a participantes de carteiras de pecúlio que teriam sido descontados da folha de pagamento como aposentadoria complementar. A Previdência esclarece que não entra em contato com seus segurados por meio desse tipo de correspondência.
Dados pessoais
O governo recomenda que os segurados não utilizem intermediários para entrar em contato com a Previdência e, em hipótese alguma, depositem qualquer quantia para ter direito a algum benefício previdenciário.
A Previdência também alerta a população para que não forneça os seus dados pessoais para terceiros, já que estes dados podem ser utilizados para fins ilícitos. Todos os serviços do INSS são gratuitos.
Caso o cidadão seja vítima desse tipo de abordagem, a Previdência orienta para que não efetue nenhum depósito em conta bancária ou forneça dados pessoais para terceiros que se passam por representantes do órgão. A vítima deve registrar ocorrência na Polícia Civil e fazer o registro na ouvidoria.