O uso do seguro rural vem aumentando de forma consistente desde 2018. Em 2022, o produto avançou quase 40%, quando atingiu R$ 13,43 bilhões em prêmios, segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), e registrou crescimento de 39,5%, de acordo com a CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras). Uma das razões para o aumento da procura por esse serviço são os eventos climáticos extremos que têm atingido o país. Segundo a CNA (Confederação Nacional da Agricultura), somente em decorrência da estiagem, a safra 2021/2022 sofreu perdas de R$ 70 bilhões.
O seguro rural funciona como uma garantia para o produtor. Em caso de perdas decorrentes de eventos climáticos, como chuva excessiva ou seca, por exemplo, ele recebe uma indenização que pode cobrir os custos de produção e minimizar os prejuízos. Além disso, é um serviço que auxilia o desenvolvimento do agronegócio no país. Garantida sua receita, o produtor fica livre para investir em tecnologia, inovação e ampliação de sua produção.
Com o aumento da procura pelo seguro rural, a tendência para os próximos anos, se levarmos em consideração o resultado dos anos anteriores, é de mudanças no setor. A MDS Brasil está cada dia mais atenta a essas movimentações, buscando se posicionar conforme as necessidades dos seus clientes produtores rurais e dos seus parceiros de negócios, seguradoras e resseguradores.
Um produto oferecido há anos, que pode ser o futuro do agronegócio brasileiro, é o seguro agrícola paramétrico. Atualmente, a maioria dos produtores contrata o seguro multirrisco, por meio do qual são cobertos diversos riscos em uma única cobertura. Não há a possibilidade de contratação de um determinado risco em detrimento de outro. Já a modalidade paramétrica é totalmente customizável. Nela, o produtor rural define quais parâmetros deseja segurar, escolhendo desde o tipo de risco (como seca ou excesso de chuva), até o período que deseja contratar.
De acordo com Danilo Rosa, diretor de Agronegócio na MDS Brasil, a alta de sinistros nas duas últimas safras gerou uma queda na oferta do seguro rural tradicional, abrindo espaço para soluções mais modernas. “O seguro paramétrico é um produto muito mais flexível, tanto no momento da contratação quanto na gestão da apólice. É o futuro do seguro agrícola. Países onde a cultura do seguro rural é muito forte utilizam essa modalidade e, agora, chegou a hora do Brasil”, afirma Danilo.
O seguro paramétrico utiliza como referência, para a confecção da apólice, parâmetros climáticos de cada região e as necessidades pluviométricas da cultura a ser assegurada. As perdas não são avaliadas in loco, não existe inspeção e os fenômenos isolados que atingem a área segurada geram automaticamente indenizações e acionamentos de gatilhos, conforme parâmetros estabelecidos na contratação, com a contabilização das perdas em relação ao impacto que esses fenômenos geraram em cada fase da planta, desde a germinação, até a colheita.