A digitalização e renegociação de dívidas foram as principais ações que pequenas e médias empresas brasileiras adotaram para sobreviver durante a pandemia, indica pesquisa da empresa de gestão de crédito Intrum Brasil.
Parte dos empresários também adotou o cancelamento ou adiamento de investimentos, além da criação de novos produtos ou serviços.
Na avaliação do CEO da Intrum Brasil, Ulisses Rodrigues, o processo de digitalização, adotado por 37% das pequenas e médias empresas para enfrentar a pandemia é “irreversível”.
O movimento, já em curso antes da covid-19, ganhou tração neste período, avalia Rodrigues. “A digitalização será fator determinante de sucesso das pequenas e médias empresas nos próximos 2 anos”, afirmou.
Na mesma pesquisa, 53% responderam que o negócio “teve sorte” de sobreviver à pandemia. Para o executivo, o que aconteceu foi a facilitação de crédito e a maior flexibilização nas negociações por parte dos bancos.
De acordo com o CEO da Intrum, esses fatores foram um “amadurecimento importante da economia brasileira”.
Inadimplência preocupa em 2022
Como empresários optaram por renegociar pagamentos e postergar por mais tempo o pagamento de dívidas, Rodrigues diz que “um dia a data de vencimento chega”. Segundo Rodrigues, há uma grande preocupação com o não pagamento e a sobrevivência de empresas no ano que vem.
“A sequência de renegociações se aproximará do fim e o número de verdade [de inadimplentes] aparece”, afirmou.
Ao Poder360, Rodrigues disse que embora há preocupação e um cenário econômico tortuoso para 2022, o brasileiro “está mais otimista para o pós-pandemia”.