Cuidar do fluxo de caixa é uma das tarefas mais importantes dos gestores financeiros. Em tempos de crise, essa atividade torna-se ainda mais vital para as empresas. Nesses períodos turbulentos, a área financeira de uma instituição é bombardeada por todos os lados com solicitações de análises, estudos, previsões, provisões e simulações de cenários. E, ao projetar o futuro, a primeira expressão que vem à mente é “como está o nosso fluxo de caixa?”.
O fluxo de caixa está para as empresas como o combustível para os carros. É ele quem determina a autonomia de um negócio e dita o ritmo no qual ele pode funcionar, ou seja, se é possível investir, comprar, pagar, enfim, até onde pode chegar. Assim entendemos o porquê de ser tão importante contar com boas ferramentas de gestão que ofereçam informações confiáveis. E mais, que controlem previsões “versus” realizações, e ainda possibilitem a simulação de operações financeiras como antecipações de recebíveis, que são comumente usadas para cobrir necessidades pontuais de caixa.
Para corporações que trabalham com recebíveis de cartões, simular uma operação de antecipação exige ainda mais controle, já que mesmo após uma solicitação de antecipação em determinada data, esta continua a obter previsões de recebimentos, confundindo recebíveis antecipados com os em haver. Isto sem contar com o fato de que normalmente esses recebíveis estão distribuídos entre diversas empresas (redes adquirentes).
Imagine o seguinte cenário: um negócio necessita de R$ 3 milhões para cobrir despesas no final do mês de julho. Após analisar algumas opções, essa empresa decidiu adiantar seus recebíveis de cartões a uma taxa mensal de 1,08%, porém, ela não gostaria de receber com antecedência suas receitas do começo do mês de agosto, mas ao mesmo tempo gostaria de antecipar no máximo 75% dos recebíveis disponíveis diariamente.
Parece complicado, mas essa gestão torna-se mais simplificada quando uma empresa passa a contar com uma ferramenta que permite fazer esse tipo de simulação de maneira simples e eficaz, listando detalhadamente os valores disponíveis, a antecipar (bruto e líquido), juros, IOF, e valores restantes, classificando por data e analisando independentemente do adquirente utilizado para processar cada venda.
Com uma listagem de todos os lançamentos do mês, fica mais fácil encontrar a melhor alternativa apontada para o caso mencionado acima: adiantar parte dos seus recebíveis diários entre 10 de agosto e 3 de setembro. Para tanto, essa operação irá lhe custar pouco mais de R$ 26 mil em juros, restando a receber no mesmo período pouco mais de R$ 1,1 milhão.
Uma operação que movimenta um volume relevante para o caixa como esse não pode ser feita no escuro. O investimento em ferramentas de gestão e análise de fluxo de caixa torna-se um diferencial na inteligência estratégica, tão fundamental para a administração de uma empresa e para a saúde do negócio nos dias de hoje.