Como criar o logo perfeito para sua empresa

Fonte: Baguete
04/02/2020
Gestão

O caminho para a criação de uma boa logomarca pode ser longo e tortuoso. 

Tradicionalmente, tudo começa pela criação do conceito – que naturalmente deve ter como base o produto do serviço prestado pela empresa. 

A contratação de um profissional experiente ou de uma empresa de marketing é altamente recomendável. Não deixe seu sobrinho fazer sua marca de graça para você. 

Se você, leitor, é o empreendedor que criou o produto, deu o nome e “apenas” quer uma marca, uma dica: não se meta demais no processo de criação dos profissionais que você está pagando para fazer esse serviço. 

É claro que a palavra final é sua e se a criação apresentada não lhe for do seu agrado, você tem direito de mandar fazer tudo de novo. Mas pense com calma e não reaja com emoção. 

Como profissional de marketing, eu já estive em ambos os lados. Tanto contratei como fui contratado para criar marcas. 

E o que vi e experimentei é que, na grande maioria das vezes, os designers e profissionais de marketing conseguem traduzir melhor o conceito em símbolo. Melhor do que o empreendedor. 

O empreendedor normalmente cria uma imagem mental daquilo que ele quer ver na marca, mas nem sempre o coração do dono da empresa é a melhor baliza para o mercado. Portanto, escolha bem uma equipe, contrate-a e confie. 

História

Símbolos gráficos existem há muito tempo. O exército romano tinha seu símbolo, assim como a armada persa. Mesmo historiadores experientes têm dificuldade determinar qual foi a primeira logomarca. 

Animais de rebanhos primitivos já eram marcados com o símbolo de seu criador muito antes de Nero prender fogo em Roma – se é que foi ele, de fato. Mas sabemos com precisão a data do primeiro trademark da história. Foi no primeiro dia do ano de 1876.

A cervejaria Bass era líder de mercado no Reino Unido em 1875, época da Segunda Revolução Industrial. Neste ano, a Câmara do Lordes aprovou uma nova lei que protegeria as marcas registradas a partir de primeiro de janeiro de 1876. Para a Bass Brewery, essa era uma pauta da maior relevância. 

Reza a lenda que o empregado responsável por esta função dentro da empresa madrugou na virada do ano novo na fila para garantir que a preciosa marca construída ao longo das nove décadas anteriores não fosse por  água abaixo pelas mãos de algum oportunista de plantão. 

O cauto registro valeu a pena. O inconfundível triângulo vermelho da Bass ganhou o mundo e dois anos após garantir seu trade mark, a cervejaria será a número um do mundo. 

A companhia expandiu suas atividades com sucesso até meados dos anos 60 até ser comprada por outros grupos econômicos, já no alvorecer do século XXI.

O final dos anos 80 e 90 do século XX foi fértil em criação de marcas longevas. Foi neste período que surgiram a Kodak e a Kellogg. 

Mas só o registro em cartório não garante o sucesso de uma marca. Muitas vezes, o reconhecimento pode vir antes do registro, inclusive. 

É lugar comum a frase que diz não haver receita pronta para a criação de uma boa logomarca. 

Tudo depende daquilo que ela irá representar. Em alguns casos, a cor azul pode ser melhor que a verde, o lilás melhor que o rosa. Mas é possível identificar alguns pontos convergentes em marcas bem reconhecidas. 

As logomarcas, via de regra, passam por atualizações ao longo do tempo e agora, enfrentam um desafio redobrado na era digital. 

O que salta aos olhos é que, na imensa maioria das vezes, os elementos gráficos das marcas se tornam menos complexos. Por exemplo, o próprio símbolo da Bass Brewery possuía diversos elementos quando foi registrado pela primeira vez. Mais tarde, restou apenas o que importa: o triângulo, a cor, a caligrafia e o nome. 

Essa parece ser a regra de ouro que todo empreendedor deve observar ao encomendar a criação do símbolo que irá representar sua firma.

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