Os brasileiros que fazem parte das classes C e D, com renda mensal entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, voltaram ao nível de consumo que tinham antes do início do período de quarentena. É o que aponta pesquisa feita pela Superdigital, fintech do Santander voltada à inclusão financeira.
O levantamento da fintech compara três períodos distintos. O primeiro entre 15 de fevereiro e 15 de março, 30 dias antes do início do isolamento na principais capitais do País. O segundo vai de 16 de março a 15 de maio, o período mais restritivo (60 dias). O terceiro vai de 16 de maio a 15 de julho (60 dias), já com o início da reabertura em várias cidades.
Entre o período de reabertura (na média mensal) e o anterior à quarentena, houve crescimento de 1% nos gastos, praticamente estável. Em relação ao intervalo mais restritivo de isolamento, a expansão é de 17%.
Apesar de o retorno aos padrões anteriores de consumo, as classes C e D mudaram alguns hábitos no terceiro período em relação ao pré-covid. De um lado, houve avanços de 41% nas compras com aplicativos de delivery, de 203% com e-commerce e 30% em serviços de streamings. Do outro, foram verificadas quedas de 30% em restaurantes, 38% em transportes e 30% em combustíveis, mesmo com a reabertura.