Com o comprometimento de 65% do lucro em impostos, as microempresas brasileiras com menos de cinco anos no mercado são as mais oneradas em um universo que contempla onze países, de acordo com pesquisa realizada pela multinacional Sage. O estudo também aborda a alta complexidade tributária do País, já que as microempresas brasileiras gastam, em média, 14,5 dias por ano em contabilidade relacionada a tributos.
Dos resultados brasileiros, apenas se aproxima a Espanha, país em segundo lugar no ranking, mas com dez pontos percentuais de diferença em relação ao comprometimento das companhias com taxação. “O grande problema do Brasil é que a complexidade tributária não é uma exclusividade da empresa maior. Ela atinge desde a micro. Os grandes negócios conseguem ter um impacto menor, mas os pequenos sofrem mais. Mesmo com o sistema Simples de tributação, que permite aos pequenos pagar os principais impostos num boleto só, ainda assim deveríamos ter estímulos para essa empresa que acaba de nascer”, diz o diretor do segmento PME da Sage Brasil, Alexandre Wyllie.
Redução
Para tentar reduzir o tempo perdido com a contabilidade, a tecnologia é outro fator fundamental. “A forma de diminuir o peso da burocracia entre os pequenos negócios foi reunir contadores e empresas em uma única base virtual de dados. Com isso, geramos um ganho de produtividade de até 70% para os negócios”, diz o gerente sênior do sistema de gestão empresarial ContaAzul, Erico Azevedo.
O estudo da Sage analisou o impacto dos impostos em mais de 3 mil companhias na Inglaterra, África do Sul, França, Irlanda, Austrália, Canadá, Singapura, Espanha, EUA, Alemanha e Brasil.