9 custos invisíveis que podem destruir sua empresa

Fonte: Administradores
14/07/2017
Gestão

Você não os verá em seus relatórios financeiros e dificilmente o seu contador falará sobre eles. No entanto, os custos invisíveis estão matando sua empresa aos poucos!

Eles são os grandes sanguessugas do lucro e estão escondidos onde você menos imagina. Talvez até em seus próprios hábitos…

Pegue algo para anotar e avalie sua empresa de acordo com os 9 custos invisíveis abaixo:

1 – Politicagem, fofocas e boatos

Isso elimina os funcionários sérios e coloca os trambiqueiros no poder, o que uma hora ou outra vai acabar levando a empresa ao buraco! Não tenha dúvida, uma empresa com alto nível de “pequeneza” não vai para a frente!

É preciso cuidar com os puxa-sacos, aqueles que te enfiarão uma faca pelas costas na primeira oportunidade, com as “falsianes”, aquelas pessoas que só esperam você virar as costas para te difamar, e com a rádio-peão, o grupinho das fofocas e boatos.

Faça uma boa ação: dê uma bela carta de recomendação e envie essas pessoas para a concorrência!

2 – Boicotes e resistências

É importante não confundir “manter o foco” com “boicotes e resistências”, essas são coisas muito diferentes! Enquanto que o primeiro direciona e potencializa a força de trabalho (imagine um laser aqui), o segundo/terceiro elimina a experimentação e mata a inovação.

Além disso, boicotes e resistências são ótimos para perder funcionários e ganhar concorrentes!

3 – Postura de não ligar e de não se importar

Esse custo é bem simples de entender. A galera começa a fazer as coisas de qualquer jeito, “nas coxas”, e vai piorando até ficar em um nível ridiculamente ruim e matar a empresa. O processo tal está lento? Nhé! Tem cliente reclamando? Nhé! Estamos gastando demais com besteira? Nhé!

O pessoal nem precisa ter “cabeça de dono” para mudar isso, basta ter vergonha na cara mesmo!

4 – Acomodação pelo sucesso alcançado no passado

A Kodak dominava o mercado de filmes fotográficos, com 90% de market share nos EUA nos anos 70. A empresa Yahoo, que dispensa apresentações, foi vendido para a Verizon por uma mixaria perto do que já foi o seu valor. Essas e muitas outras empresas já foram muito bem sucedidas, mas não acompanharam as mudanças do mercado e ficaram para trás…

Quanto “dói no bolso” esse custo invisível? Muitas vezes, o bolso, a calça, a vestimenta inteira! Veja o exemplo da Yahoo no gráfico abaixo. De quase 120 bilhões de dólares em 1999 para os “míseros” 4,8 bilhões (sem a participação no Alibaba) que foi o preço de venda para a Verizon.

5 – Ineficácia, amadorismo e pessoa errada no lugar errado

A perda de competitividade no mercado é questão de tempo para quem tem as pessoas erradas nos lugares errados! Do estagiário ao CEO, o desastre e também a dificuldade de enxergar a ineficácia aumentam, o que demanda um grande esforço para encontrar as pessoas certas. Ainda mais em empresas “à prova de idiotas”.

Obs: leia “pessoa errada” não apenas em termos de suas habilidades técnicas, mas sem relação ao caráter. Um mau caráter habilidoso é o maior problema de gente que uma empresa pode ter, altamente perigoso! Nesse caso, a dica da carta de recomendação serve mais do que bem!

6 – “Taxa de urgência” e fazer na última hora

Esse custo muitas vezes acaba sendo o estopim para o custo 3. As coisas começam a ser feitas de forma atropelada, de qualquer jeito para entregar, e a “barra da qualidade” vai descendo até chegar no ponto onde as pessoas não ligam mais se fizeram um bom trabalho. Aqui está também o princípio das gambiarras, como falamos em empresas de tecnologia.

7 – Tecnologia obsoleta

Eu já vi uns absurdos que você não acreditaria! Empresas perdendo horas em atividades que levariam poucos minutos com algum serviço online e gratuito! Dias para conseguir algumas informações, tendo que cruzar dados de sistemas, planilhas e caderninhos… entre outras coisas doidas!

Nem empresas de tecnologia estão fora dessa situação. Sabe aquele negócio de “casa de ferreiro, espeto de pau”? É comum pra dedéu!

No que esse custo invisível afeta? Em todos os aspectos da empresa, da criação à entrega de valor! Uma empresa com o estado da arte em tecnologia pode ser 1000x mais produtiva do que outra sem isso!

8 – Superficialidade das análises e decisões

Aqui está uma das coisas mais difíceis de eliminar em uma empresa – o achismo. Principalmente, quando está presente no topo! O tal do HiPPO (Highest Paid Person Opinion), como os americanos chamam, é devastador e leva a muitos outros custos invisíveis…

Resolver isso é ao mesmo tempo fácil e complicado. Fácil porque é só fazer uma série de perguntas: Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Mas, complicado porque lidar com os egos dos donos das análises medíocres e decisões burras não é nada fácil!

9 – Começar muita coisa e não acabar

Eu mesmo já comecei várias coisas e deixei de lado, inclusive escrever textos. O que eu estou fazendo para eliminar isso da minha vida? Se não é para fazer até o fim, sabendo qual é esse fim, eu nem começo! A diferença principal agora é que eu faço muitos experimentos, o que muda tudo!

Experimentos? Sim, uma coisa é fazer um experimento e outra é definitivamente começar. Um experimento tem começo, meio, fim e uma hipótese a ser avaliada! O começar tem a “certeza” que a coisa em si vai dar certo, o que leva ao sucesso ou ao fracasso. O experimento é apenas uma verificação de hipótese. Essa diferença de mentalidade salva vidas! Sacou?

Outra coisa, não dou moral para pessoas com iniciativa até me mostrarem que também tem “acabativa”. Qualquer idiota pode começar 1 milhão de coisas e não acabar! Desperdiçar tempo e dinheiro não é lá uma coisa muito sábia, muito menos no cenário dos últimos anos no Brasil. Adote a experimentação na sua empresa e mude esse jogo!

Conclusão

O comum no mundo empresarial é focar no que é objetivo, visível, quantificável, mas esses aspectos mais sutis, subjetivos e não quantificáveis são tão importantes quanto.

Os custos invisíveis também precisam de marcação cerrada, principalmente porque alguns são mais difíceis de cortar do que custos financeiros!
 

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