Mudanças tecnológicas e culturais sempre nortearam o desenvolvimento dos espaços de trabalho, que estão acontecendo cada vez mais rápido, englobando cada vez mais pessoas. O efeito dominó desses avanços e as mudanças em massa possuem impactos significativos na forma como as pessoas vivem e trabalham em todo o mundo. A tecnologia, em particular, tem permitido aos funcionários uma maior sensação de liberdade, eficiência e conectividade sem as limitações tradicionais de tempo e lugar.
A ADP, empresa líder global em soluções de Gestão do Capital Humano, levantou informações para descobrir quais são as maiores mudanças do mundo do trabalho e quais as tendências esperadas para os próximos anos. Nesse estudo, intitulado Future of Work, foram entrevistadas mais de 2 mil pessoas que trabalham em empresas com 250 ou mais empregados, no Brasil e países como Estados Unidos, Canadá, México, Chile, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Austrália, China, Índia e Cingapura.
Abaixo, estão 5 principais pontos que guiarão o futuro do trabalho, de acordo com o estudo:
1. Liberdade
As pessoas querem liberdade para desfrutar de suas vidas. Cerca de 77% dos brasileiros querem ter controle e flexibilidade para fazer o seu trabalho quando, onde e como quiserem. Esta liberdade de escolha tem sido amplamente concedida devido ao aumento da capacidade e facilidade para trabalhar a partir de dispositivos móveis.
2. Conhecimento
Acesso às pessoas, ferramentas e informações necessárias para fazer seu trabalho, e tempo para aprender novas habilidades enquanto realizam seus deveres. Essa necessidade nasce da demanda dos empregadores em ter funcionários que produzam mais, em menos tempo e que façam parte de uma força de trabalho multiqualificada. 75% dos brasileiros entrevistados acham provável a adoção de tecnologia como o principal instrumento de aprendizado e registro de novos conhecimentos no meio corporativo.
3. Autogestão
A tecnologia permitirá ainda mais independência para que as pessoas administrem sua produtividade e desempenho e que também recebam feedback e reconhecimento em tempo real. Isto, provavelmente, irá remover as barreiras à colaboração e redefinirá a relação entre funcionários e seus gerentes. No caso do Brasil, a implementação destas tecnologias é vista como improvável por parte dos funcionários. Apesar de desejarem, apenas 39% dos entrevistados acreditam que as empresas do país irão investir em sistemas de autogestão nos próximos anos.
4. Estabilidade
A possibilidade de buscar talentos ao redor do mundo através de meios tecnológicos e contratar trabalhadores por demanda ao invés de funcionários de longo prazo se tornará mais atraente para as organizações. Isso pode trazer um nível de incerteza que prejudica a estabilidade da força de trabalho, pois certamente, a competitividade crescerá, e pode ser mais difícil encontrar um trabalho. Apesar disso, os brasileiros parecem não temer essa tendência: 61% dos entrevistados acreditam que as empresas do país não adotarão essa tendência.
5. Significado
O salário já não é um motivo suficiente para as pessoas irem ao trabalho, elas precisam de algo maior – projetos que tenham um significado importante, que causem impacto na sociedade e que beneficie o bem-estar das pessoas. Trabalhar para organizações que tenham metas alinhadas às aspirações pessoais traz mais significado e propósito em sua vida, e também demonstra, por parte da empresa, um comprometimento com as pessoas que trabalham para eles. Para 69% dos brasileiros, trabalhar com significado é uma das necessidades mais importantes para o futuro.